Tenho passado a maior parte do meu tempo escrevendo mensagens e as lançado ao mar, em garrafas.

Até agora não tenho obtido respostas, apesar de estar nessa atividade há anos.

Encontrei, no entanto, no ato de escrever um prazer que não conhecia.

A solidão a que fui constrangido pelo naufrágio tem me proporcionado o ambiente ideal para esse tipo de atividade.

Passo a maior parte do meu tempo nesse labor.

Atualmente estou escrevendo a história da minha vida nessa ilha e planejo para breve outra com ingredientes mais picantes, histórias de piratas, tesouros escondidos e as descobertas incríveis de um náufrago numa ilha deserta.

Enfim, as possibilidades são imensas...

Todos os dias lanço um capítulo novo ao mar, na esperança de resposta.

Isso, no entanto, já não tem mais importância para mim.