Marielle começou a morrer no dia 31 de agosto de 2016 quando o Senado Federal destituiu uma Presidente legitimamente eleita pelo voto popular...
esse foi o primeiro tiro!
Depois, quando a Câmara dos Deputados aceitou favores do governo para impedir as investigações contra um presidente notoriamente corrupto...
esse foi o segundo tiro!
Quando o governo aprovou o teto de gastos com as despesas em saúde, educação, segurança, programas sociais e investimentos, por 20 anos...
esse foi o terceiro tiro!
Quando esse mesmo governo aprovou a reforma trabalhista, subtraindo direitos dos trabalhadores e da população mais pobre...
esse foi o quarto tiro!
Quando a Justiça perdeu a autoridade moral e a independência por conta do auxílio-moradia e outros expediente para furar o teto remuneratório constitucional...
esse foi o quinto tiro!
Quando a operação Lava-Jato desviou-se do seu propósito inicial para ser usada como bandeira ideológica para atacar um partido e derrubar uma Presidente...
esse foi o sexto tiro!
Quando essa mesma operação destruiu a indústria nacional e a esperança de milhares de brasileiros de um futuro melhor...
esse foi o sétimo tiro!
Quando aqueles que tomaram o poder de assalto, blindaram-se com o foro privilegiado...
esse foi o oitavo tiro!
Quando a Justiça partidarizou-se e persegue de forma implacável um ex-Presidente que havia devolvido a esperança ao Brasil, com vistas a impedi-lo de concorrer em 2018...
esse foi o nono tiro!
Quando a polícia do Rio se corrompe e mata, sobretudo entre os mais pobres...
esse foi o décimo tiro!
Quando a intervenção federal no Rio de Janeiro, sob a batuta das Forças Armadas, foi utilizada para tirar o foco de um governo decrépito e agonizante...
esse foi o décimo primeiro tiro!
Quando não se ataca as verdadeiras causas da violência nas favelas – exclusão social e ausência do Estado...
esse foi o décimo segundo tiro!
Por fim, quando a mídia golpista e conivente se apropria da narrativa do assassinato de Marielle para dar voz à versão – falsa - do seu envolvimento com o tráfico de drogas e as milícias...
esse foi décimo terceiro tiro!
O derradeiro e verdadeiramente fatal, porque mais do que matar o corpo esse tiro pode matar a causa, o discurso e o legado de Marielle que, até depois de morta, desejam matar.
Não deixemos eles dar esse tiro! Esse nós podemos impedir.
Marielle, presente!
Sempre!
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